Arrancou, esta segunda-feira, 11 de Setembro, na cidade de Maputo, a capacitação de formadores para a observação da campanha eleitoral e da votação, rumo ao escrutínio agendado para o dia 11 de Outubro próximo. São mais de 60 formandos oriundos das 11 províncias do país que, durante quatro dias, irão adquirir habilidades sobre a observação eleitoral. Uma vez formados, eles irão, por sua vez, replicar os conhecimentos adquiridos, capacitando os observadores que irão observar a campanha e a votação em cada um dos 36 municípios abrangidos pelo Consórcio Eleitoral “Mais Integridade”.
A terminar na próxima quinta-feira, 14 de Setembro, a capacitação irá abordar, entre outros, temas como o papel da observação eleitoral; metodologias da observação da campanha, votação e contagem de votos; observação do acesso à informação, liberdade de informação e liberdade de expressão; observação da acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiência; participação da mulher e da equidade de género; e contencioso eleitoral.
Na abertura do evento, esta manhã, António Mutoua, que falava em representação do presidente do Consórcio Eleitoral “Mais Integridade”, desafiou aos formandos a aproveitarem o máximo a capacitação para estarem em altura de retransmitir os conhecimentos adquiridos aos restantes observadores nos 36 municípios a serem observados.
“Aproveitem, no máximo, para que onde vão não falhem a informação. Aquele que não entender, que pergunte, que é para ter maior informação”, disse Mutoa aos formandos, pedindo-os maior responsabilidade. É que os formadores, incluindo os supervisores, bem como os observadores de nível de base, irão carregar o nome do Consórcio Eleitoral “Mais Integridade”.
A capacitação desta semana acontece cerca de 15 dias para o início da campanha eleitoral das VI eleições autárquicas deste ano. Trata-se de uma fase crucial do ciclo eleitoral, que irá iniciar a zero hora do dia 26 de Setembro corrente, devendo terminar até às 24h do dia 8 de Outubro próximo, 48 horas antes da votação do dia 11 de Outubro.
Durante os 13 dias da campanha, os observadores do Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” irão observar as actividades de campanha em 36 dos 60 municípios do país. São eles: Lichinga, Insaca e Cuamba (na província de Niassa), Pemba, Montepuez, Mocímboa da Praia e Chiúre (Cabo Delgado), Nampula, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Angoche, Ruibáue, Mossuril e Malema (Nampula), Quelimane, Mocuba, Maganja da Costa, Gurué, Alto Molócue e Morrumbala (Zambézia), Tete, Moatize, Ulóngue e Chitima (Tete), Chimoio e Guro (Manica), Beira e Marromeu (Sofala), Homoíne e Massinga (Inhambane), Xai-Xai, Chókwe, Chibuto e Mandlakazi (Gaza), Matola (na província de Maputo) e na cidade de Maputo.
A formação desta semana irá coincidir com o lançamento, esta terça-feira, do Relatório da Observação do Recenseamento Eleitoral. Composto por sete organizações da sociedade civil moçambicanas (Comissão Episcopal de Justiça e Paz (CEJP) da Igreja Católica, Centro de Integridade Pública (CIP), Núcleo das Associações Femininas da Zambézia (NAFEZA), Solidariedade Moçambique (SoldMoz), Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC), Capítulo Moçambicano do Instituto para Comunicação Social da África Austral (MISA Moçambique) e Fórum das Associações Moçambicanas de Pessoas com Deficiência (FAMOD), o Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” observou, pois, o recenseamento eleitoral para as autárquicas deste ano, que decorreu entre os dias 20 de Abril a 03 de Junho, com o objectivo de contribuir para um processo eleitoral democrático e credível.